O incêndio que deflagrou na tarde de quinta-feira em Vila Verde da Raia, concelho de Chaves, sofreu esta tarde uma reativação e o combate foi reforçado com cinco meios aéreos, disse o comandante das operações no local.

Hernâni Carvalho, comandante da corporação de Salto (Montalegre), afirmou à agência Lusa que a principal preocupação dos operacionais é o vento forte e referiu que se verificaram “projeções a centenas de metros”.

O responsável disse que três meios aéreos já estão a operar, tendo sido mobilizados mais dois para o teatro de operações. O fogo está a ser combatido por 211 operacionais que contam com o apoio de 63 viaturas.

“O incêndio encontra-se com esta frente ativa e acreditamos que dentro de algum tempo conseguiremos debelar a mesma”, disse Hernâni Carvalho. A frente está a lavrar na zona da aldeia de Vila Frade.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O incêndio tinha sido dado como dominado esta sexta-feira às 7h, disse à Lusa o 2.º Comandante Operacional Distrital (CODIS) de Vila Real.

A última das três frentes ativas tinha sido dominad no início da manhã, com recurso “a máquinas de rasto e fogo de supressão”, informou Borges Machado.

Foi feito um combate intenso durante a noite, com todos os operacionais empenhados para ter o fogo dominado ao início da manhã, para aproveitar as janelas de oportunidade, uma vez que não havia vento”, acrescentou.

As operações “de consolidação e rescaldo” continuaram durante o dia e o responsável temia reacendimentos, por causa do calor: “É muito provável que isso aconteça”. No terreno estavam cerca de 245 operacionais, apoiados por 45 veículos, segundo a mesma fonte.

O incêndio teve “quatro ignições com algum afastamento entre elas”, segundo disse à Lusa na quinta-feira o presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, tendo progredido em direção às localidades de Vila Frade, Santo António de Monforte, Mairos, Travancas, Argemil da Raia e Paradela de Monforte.

Autarca de Chaves suspeita de fogo posto em Vila Verde da Raia

O fogo chegou a estar “paredes meias com muitas habitações” e o autarca estimou que tenham ardido “centenas de hectares”, sobretudo de mato e pinhal, ainda sem poder precisar a área afetada. Foram também atingidos alguns anexos, armazéns agrícolas e instalações de animais, segundo Nuno Vaz.

Cinco bombeiros ficaram com ferimentos ligeiros durante o combate ao incêndio, mas já se encontram em casa. Um dos operacionais sofreu queimaduras de segundo e terreiro grau, outro sofreu uma queda e três sofreram inalação de fumos.

Notícia atualizada às 15h com a informação de que o incêndio reacendeu.