A Comissão de Trabalhadores e os sindicatos representativos dos funcionários da STCP anunciaram esta sexta-feira um dia de greve para segunda-feira depois de a empresa ter anunciado alterações à rede sem lhes ter dado conhecimento prévio e ameaçam impugná-las.

Em comunicado enviado à Lusa, as organizações de representação dos trabalhadores (ORT) anunciaram que por força da paralisação ocorrerão “constrangimentos na circulação dos autocarros no período compreendido entre as 11h00 e as 15h00, bem como entre as 16h00 e as 21h00”.

Na quinta-feira, a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) anunciou que, a partir de segunda-feira, um conjunto de linhas de autocarro vai passar a circular mediante o horário de agosto e ter novos trajetos e paragens bem como diversas linhas de autocarro vão ser “alvo de ações de beneficiação nos percursos” e que, por esse motivo, vão ter novos trajetos e novas paragens.

O Conselho de Administração (CA) implementa novos horários a partir do dia 3, mantendo a penosidade dos serviços e bastantes irregularidades”, acusa as ORT que “vão impugnar os respetivos horários junto das entidades competentes”.

Prosseguindo com as críticas denunciam que “grande parte da frota de autocarros encontra-se com avaria no ar condicionado e circula nas linhas com temperaturas interiores superiores a 45 graus, algumas sem qualquer circulação de ar” e perguntam “onde está o respeito pelas normas da Direção-Geral da Saúde?”.

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Considerando que o CA da STCP “continua a ignorar as ORT” passados “30 dias após a última greve (100%)”, sublinham que o “CA não se dignou prestar esclarecimentos às ORT” nem, “tão pouco, agendar qualquer reunião”.

O CA transfere efetivo de motoristas da estação de Francos para a estação da Via Norte em mais de 150 trabalhadores, sem criar as condições para receber esse número de trabalhadores, nomeadamente salas de apoio, refeitório e condições de salubridade”, lê-se ainda no comunicado.

Acusam ainda a administração da empresa de ter deixado de “cumprir o acordado com as ORT em matéria de descansos fixos ao sábado”, informando que “desde março do corrente ano, que o CA por ‘ordem’ do diretor de operações não cumpre com o acordado”.

A Lusa tentou obter um comentário da parte da STCP, mas até ao momento não foi possível.