Um novo relatório da empresa de cibersegurança americana Mandiant alega que há piratas informáticos “alinhados com os interesses de segurança russos” envolvidos numa campanha para comprometer sites noticiosos na Polónia e Lituânia, de acordo com o que escreve o The Guardian nesta sexta-feira. Em causa estarão artigos falsos que foram plantados nestes sites de propósito pelos hackers para desacreditar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

“O método de invadir sites noticiosos para promover narrativas fabricadas é poderoso ”, afirmou John Hultquist, diretor de análise de inteligência da Mandiant.

Os piratas informáticos terão obtido acesso aos sistemas de publicação de notícias e a partir daí terão excluído histórias reais, substituindo-as por notícias falsas que procuravam deslegitimar a aliança transatlântica.Na Lituânia, por exemplo, um dos sites que foi alvo dos hackers publicou um artigo falso que contava a história de soldados alemães, da NATO, que tinham profanado um cemitério judeu. Em maio, também terão sido atacados vários sites polacos.

Os investigadores da Mandiant reuniram informação sobre 14 incidentes isloados e argumentam que fazem parte de uma campanha maior contra a NATO, que estará a ser implementada desde, pelo menos, março de 2017, escreve o mesmo jornal.

Apesar de ser difícil identificar a autoria do ataque, a investigação conclui que “os autores por detrás da campanha têm recursos relativamente bons” e que “estão alinhados com os interesses de segurança russa”.

Questionada pelo The Guardian, a NATO optou por não comentar o relatório divulgado pela empresa de cibersegurança, mas disse estar a par de que era um alvo de campanhas de desinformação.

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