O presidente do CDS-PP considerou esta sexta-feira a quebra do PIB no segundo semestre do ano “um trambolhão muito significativo”, afirmando que o partido está “muito pessimista” quanto “à derrapagem económica” que o país terá a partir de setembro.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 16,5% no segundo trimestre do ano face ao mesmo período de 2019, e 14,1% em cadeia – relativamente ao primeiro trimestre do ano -, devido aos efeitos económicos da pandemia de Covid-19.

Economia portuguesa regista a maior queda de sempre: 16,5% no segundo trimestre

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“Isto é um trambolhão muito significativo do PIB português e que, infelizmente, demonstra que, por um lado, há uma discrepância entre o país de Costa e o país que encosta”, disse Francisco Rodrigues dos Santos.

Em declarações aos jornalistas, à margem de um encontro com o presidente da Associação de Bares e Discotecas do Porto, o presidente do CDS-PP observou que as estimativas e previsões dos organismos nacionais e internacionais “são piores do que as apresentadas pelo Governo”, que considera estar a apresentar “planos a mais para planeamento a menos”.

O CDS está muito pessimista quanto à derrapagem económica que o país terá pela frente, nomeadamente, a partir de setembro”, referiu.

Francisco Rodrigues dos Santos defendeu, por isso, que o Governo deve aproveitar esta altura para “falar menos de obras públicas e mais de investimento privado”, “menos de distribuição e mais de crescimento e competitividade da economia” e “mais de trabalhadores e menos de funcionários”.

“Achamos que é muito importante, nesta altura, falar-se em mais investimento e menos investimento público, menos de obras públicas de fachada e de mais incentivos às empresas, menos distribuição e de mais crescimento económico e de competitividade. Que o Governo não se furte às reformas estruturais que tem de fazer em vez de querer gerir muito habilidosamente o statement e o status quo, porque é necessário uma bomba fiscal na economia”, defendeu.