Os trabalhos de remoção das composições envolvidas no acidente na linha ferroviária do Norte e de reabilitação da via e da catenária já começaram, mas ainda não é possível prever quando será restabelecida a circulação, segundo a Infraestruturas de Portugal.

Numa nota enviada cerca das 10:00 à agência Lusa, a Infraestruturas de Portugal refere que “ainda decorrem os trabalhos” no seguimento do acidente ocorrido na sexta-feira na Linha do Norte.

Segundo a empresa, foi já “possível iniciar a remoção das composições” acidentadas e “em simultâneo decorrem também os trabalhos para reabilitação da via e da catenária”.

Contudo, “devido à complexidade dos trabalhos”, ainda não é “possível prever quando será restabelecida a circulação na Linha do Norte”.

O descarrilamento de um comboio Alfa Pendular, no concelho de Soure, distrito de Coimbra, com 212 passageiros, provocou na sexta-feira dois mortos e 44 feridos, oito dos quais graves, segundo a última atualização do Comando Distrital de Operações (CDOS) de Coimbra.

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Quarenta e um dos 44 feridos do descarrilamento do comboio Alfa Pendular já tiveram alta e os outros três permanecem internados, disseram hoje à Lusa fontes hospitalares.

Em declarações à Agência Lusa, o gabinete de relações públicas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), refere que dos 28 feridos que deram ali entrada, 25 já tiveram alta clínica e os restantes três permanecem internados.

“Um doente está internado na medicina intensiva (o caso que inspira mais cuidados) e dois estão na unidade de cuidados cirúrgicos intermédios”, disse a mesma fonte.

Quanto aos 12 feridos que foram transportados para o Hospital Distrital da Figueira da Foz já tiveram todos alta hospitalar, segundo informações do gabinete de relações públicas daquela unidade.

Dos 44 feridos, quatro tiveram alta no local, 28 foram transportados para o CHUC, incluindo três crianças, e 12 foram assistidos no Hospital da Figueira da Foz.

O comboio seguia no sentido sul – norte com destino a Braga e o descarrilamento ocorreu após o embate entre o Alfa Pendular e uma máquina de trabalho, perto da vila de Soure, junto à localidade de Matas.

As duas vítimas mortais eram os únicos ocupantes da máquina da Infraestruturas de Portugal, de acordo com o comandante distrital de operações de Coimbra, Carlos Luís Tavares.

O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) anunciou, entretanto, que vai investigar as causas do acidente.