A partir de 10 de Setembro, Thierry Bolloré será o novo CEO da Jaguar Land Rover. Um bom novo desafio para o gestor francês e uma mudança que põe cobro à injustiça de que o então ex-CEO da Renault – e por inerência da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi – foi alvo, quando a Nissan impôs o seu afastamento para tentar deixar de ser o “parente pobre” na relação com os gauleses.

Bolloré foi forçado a abandonar a Renault em Outubro de 2019, acusado pelos japoneses de ser demasiado próximo de Carlos Ghosn, num momento em que a Nissan pretendia renegociar o seu peso dentro da Aliança, o que não conseguiu pois os franceses – como seria de esperar – estão poucos interessados em ceder o controlo que possuem sobre um fabricante de que adquiriram uma fatia considerável quando estavam falidos.

Thierry Bolloré substituirá o até aqui CEO Ralf Speth, que liderou o grupo britânico durante a última década. Speth passará a ser o vice-chairman não executivo e Bolloré assumirá o comando de um grupo com duas marcas cheias de potencial, que passaram um mau bocado em virtude das decisões sobre a melhor estratégia para ultrapassar a crise da Covid-19 e a redução das emissões de CO2, que nem sempre foram as melhores, com atrasos na implementação de PHEV e eléctricos.

Apesar dos desafios que tem pela frente, Bolloré conta com várias vantagens do seu lado, a começar pela excelente imagem dos dois fabricantes, Jaguar e Land Rover, além da gama de eléctricos que possuem, basicamente o Jaguar I-Pace, aliada à que pretendem oferecer em breve, a começar pelo novo XJ a bateria.

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