O Porto de Sines resistiu à tendência de quebras acentuadas na movimentação de contentores a nível global, registando uma diminuição acumulada de 2% nos primeiros seis meses deste ano, foi esta segunda-feira divulgado.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a Administração do Porto de Sines (APS) explica que depois de o primeiro trimestre de 2020 ter sido “até bastante positivo” no segmento dos contentores, o segundo trimestre “foi afetado pelo impacto da pandemia [de Covid-19] na economia mundial”.

De acordo com a APS, as perspetivas para o segundo semestre de 2020 “passam pela manutenção dos volumes do ano anterior no segmento da carga geral, nomeadamente no que respeita à carga contentorizada, e da contínua redução de movimentação de combustíveis fósseis”.

O primeiro semestre deste ano “veio confirmar a tendência para a redução da movimentação de combustíveis fósseis” no porto alentejano, em linha com “os desafios colocados” no Pacto Ecológico Europeu.

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Com a paragem das centrais termoelétricas nacionais, o Porto de Sines deixou de movimentar quase dois milhões de toneladas de carvão, em comparação com o semestre homólogo anterior”, exemplifica a administração portuária.

Também “a redução da movimentação de crude devido à diminuição da procura de combustíveis (gasolina e gasóleo), no contexto do confinamento devido à pandemia, teve um impacto de quase um milhão de toneladas na movimentação de granéis líquidos, com o Gás Natural Liquefeito (GNL) a manter os níveis de movimentação do semestre homólogo anterior”.

No que respeita ao segmento de carga geral, no qual se inclui a carga contentorizada, a movimentação “manteve-se praticamente inalterada”, indica a empresa.

O conjunto dos três segmentos de mercadorias registou no primeiro semestre de 2020 uma redução de 12,7% em relação ao mesmo período do ano anterior”, concluiu a administração do Porto de Sines, no distrito de Setúbal.