O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) saudou esta quarta-feira a autorização para abertura dos concursos para os médicos recém-especialistas, mas lamentou a “escassez de incentivos” e a “escassez de vagas” para as zonas geográficas carenciadas.

Após persistente exigência do SIM, foram finalmente publicados os despachos que autorizam a abertura dos concursos de Medicina Geral e Familiar, Saúde Pública e área Hospitalar”, afirma o SIM em comunicado.

O sindicato espera agora que “os avisos de abertura dos concursos sejam rapidamente publicados”, uma vez que está a decorrer o prazo legal de 30 dias, que determina a abertura dos procedimentos concursais, após a homologação e afixação da lista de classificação final do internato médico.

O SIM espera ainda que sejam também “rapidamente publicados” os avisos de abertura dos concursos de mobilidade, que devem ser prévios aos concursos que sucedem cada época de avaliação final do internato médico.

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No comunicado, o sindicato destaca ainda “os escassos incentivos para as zonas geográficas qualificadas como carenciadas e a escassez de vagas para essas zonas”.

O Ministério da Saúde abriu 435 vagas para a contratação de recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar, metade das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo um despacho publicado em Diário da República, estão autorizadas 435 vagas para Medicina Geral e Familiar, 216 das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo, 86 no Norte, 64 no Centro, 34 no Alentejo e 35 no Algarve.

Foi igualmente publicado em Diário da República o despacho que fixa os postos de trabalho médico (185 vagas) nas zonas geográficas do país e especialidades definidas como carenciadas.

Reconhecendo a assimetria geográfica na distribuição do pessoal médico, o Governo atribui um conjunto de incentivos aos profissionais que se candidatem a estes postos de trabalho, quer pela via da mobilidade, quer através da celebração de novos contratos, como o “acréscimo da remuneração base de 40%, um reforço de dois dias de férias, a possibilidade de participação em atividades de investigação clínica e maior facilidade de mobilidade também para os cônjuges”, sublinha o Ministério da Saúde em comunicado.