O grupo bancário italiano BFF tinha a receber 121 milhões de euros em créditos em Portugal no final de junho, tendo adquirido 77 milhões no mesmo período, disse esta quinta-feira fonte oficial do banco à Lusa.

De acordo com dados do BFF, o banco tinha “a receber/em aberto” no final de junho de 2020 121 milhões de euros, mais 21 milhões do que o valor registado no final do primeiro trimestre.

Já os créditos adquiridos (‘factoring’) no primeiro semestre ascenderam aos 77 milhões de euros, um aumento de 60 milhões face aos 17 registados nos primeiros três meses do ano.

O grupo italiano BFF Banking Group divulgou esta quinta-feira lucros de 37,5 milhões de euros no primeiro semestre, uma diminuição face aos 38,1 milhões de euros registados no mesmo período de 2019.

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De acordo com o comunicado do banco enviado à Lusa, a instituição confirmou “a intenção de distribuir 70,9 milhões de euros do dividendo de 2019 assim que as condições regulatórias o permitam, não antes de 01 de janeiro de 2021”.

O banco assinalou também que a pandemia de Covid-19 não teve “impactos negativos […], à exceção dos processos de recuperação de juros de mora”.

No total, a receita líquida com juros atingiu os 90,5 milhões de euros nos primeiros seis meses deste ano, um valor acima dos 85,9 milhões de euros registados no mesmo período de 2019.

O lucro líquido com atividades bancárias, financeiras e seguradoras atingiu os 94,5 milhões de euros no primeiro semestre, acima dos 86,8 milhões de euros registados em igual período de 2019.

Já os custos subiram para 42,2 milhões de euros até junho, acima dos 36,2 no período homólogo.

O BFF nasceu em 1985 em Itália, quando empresas farmacêuticas com elevadas quantias a cobrar sobre o Estado italiano se uniram e criaram um consórcio para fazer a gestão dessas cobranças, ganhando força pela escala.

Além de Itália, o grupo tem presença na Polónia, Espanha, Portugal, Eslováquia, República Checa, Grécia, Croácia e França.

Em Portugal, o banco indicou que no primeiro semestre de 2020 atingiu 77 milhões de euros de novo volume de negócios, um crescimento de 51% de novos volumes adquiridos face ao mesmo período do ano passado (52 milhões de euros).