Fazer compras online e receber as encomendas por correio ganhou uma nova dimensão: as organizações criminosas portuguesas compram armas ilegais aos países do leste da Europa e recebem-nas em casa por via de um transportador internacional de mercadoria, noticiou o Jornal de Notícias. As conclusões são do Estudo Global do Tráfico de Armas 2020, do Gabinete das Nações Unidas Contra a Droga e o Crime.

Com um envolvimento físico mais reduzido, diminuem também os riscos para os traficantes. Mas o diretor do Departamento de Armas e Explosivos (DAE) da PSP, o superintendente Pedro Moura, disse ao Jornal de Notícias que ainda há casos em que os compradores vão aos locais da transação e trazem as armas de carro. Muitas das armas são depois modificadas e vendidas, por exemplo a traficantes de droga.

Portugal aparece em destaque no relatório, mas não por bons motivos. O país tem o número mais alto da Europa de armas apreendidas em casos de tráfico de droga — 688, em dois anos. Portugal tem também um número elevado de armas modificadas: armas de alarme convertidas em armas de fogo e espingardas com os canos cortados.

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