Já está nas mãos do Reino Unido o relatório sobre a situação epidemiológica portuguesa, onde constam dados apresentados de acordo com os critérios enviados, na semana passada, pelos britânicos.
A informação foi avançada ao Observador pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros. Em resposta às questões colocadas, o ministério tutelado por Augusto Santos Silva indicou que o documento foi enviado esta terça-feira e que foram apresentados “todos os dados disponíveis sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal”.
No passado dia 5, o ministro dos Negócios Estrangeiros tinha anunciado que o Reino Unido tinha enviado um relatório — a pedido do Governo — onde constavam os critérios sobre os quais baseava a decisão de colocar Portugal na “lista negra” no que toca a restrições de viagens devido à Covid-19.
Ao Observador, o Ministério indicou que os britânicos tinham em conta cinco critérios: taxa de incidência, uma “avaliação de confiança nos dados obtidos através de testagem”, as “tendências” ou a “trajetória” nas taxas de incidência e de mortalidade, o índice de transmissão e os “dados epidemiológicos adicionais e opinião de especialistas”.
Com o envio deste relatório, o Governo espera que o Reino Unido decida colocar Portugal no corredor aéreo, isto é, que os britânicos deixem de ser obrigados a fazer quarentena na chegada ao seu país depois de estarem em Portugal.
“O Governo aguarda a decisão do Reino Unido”, referiu ainda o Ministério dos Negócios Estrangeiros ao Observador.
Recorde-se que a próxima avaliação formal para parte do Reino Unido está marcada para 21 de agosto, mas os britânicos poderão alterar a decisão relativamente a Portugal antes disso. Foi, aliás, o que aconteceu com Espanha, como recordou Santos Silva na semana passada.
O que as autoridades britânicas têm dito é que procedem regularmente a essa revisão, mas que a qualquer momento podem fazer isso”. O que “é verdade já que impuseram quarentena a Espanha dois dias depois de terem publicado a nova lista.”
Artigo atualizado às 11h02 com as respostas do Ministério dos Negócios Estrangeiros às perguntas do Observador