O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) informou esta quarta-feira que abriu um processo para averiguar e esclarecer as circunstâncias da morte de Vânia Graúdo, uma utente que morreu após o nascimento do filho a 3 de agosto. A causa da morte poderá ser embolia de líquido amniótico.

Numa resposta escrita enviada à Lusa o hospital afirma que a mulher “foi atendida de acordo com o estado da arte preconizado para a sua situação clínica”, mas frisa que já foi aberto “um processo de averiguação para o cabal esclarecimento da situação”.

“O CHS lamenta a morte da utente Vânia Graúdo e endereça as mais sentidas condolências à família”, adianta.

O hospital disse ao DN que a “embolia de líquido amniótico é uma das hipóteses de primeira linha perante um quadro clínico súbito após a rutura da bolsa de águas”. A Ordem dos Médicos também avançou esta quarta-feira que “informações preliminares apontam para uma embolia do líquido amniótico, situação muito rara e grave”. Contudo, a Ordem “aguarda as conclusões do inquérito interno do hospital”.

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Segundo avançou esta quarta-feira o Diário de Notícias, a mulher tinha 42 anos e estava grávida de 39 semanas quando deu entrada no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, no dia 1 de agosto, para uma cesariana marcada. No entanto, de acordo com uma amiga da mulher, em declarações ao Correio da Manhã, a médica de serviço optou por realizar um parto normal, que só se concretizou 48 horas depois, a 3 de agosto.

“Ao que parece, ao fazer esforço, o útero ‘caiu’. Ela ficou cheia de líquido amniótico que se espalhou pelo sangue. Se tivessem feito cesariana, ela não tinha feito esforço e estava hoje aqui, ao meu lado, com o filho”, disse a amiga ao CM.

O mesmo jornal indicou que a família está a acusar o hospital de negligência médica.