A Peregrinação Internacional de agosto termina esta quinta-feira, no Santuário de Fátima, sendo a primeira em que estão registados grupos estrangeiros após o início da pandemia.

A Peregrinação Internacional, que começou na quarta-feira, integra também a Peregrinação Nacional do Migrante e Refugiado, sendo normalmente esperados milhares de emigrantes portugueses que aproveitam as férias de verão para se deslocar a Fátima.

A celebração na Cova da Iria é a primeira grande peregrinação após o início da pandemia de Covid-19 em que foram registadas inscrições de grupos estrangeiros. A celebração é presidida pelo bispo de Santarém e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana, José Traquina.

No entanto, a peregrinação de agosto não está a ter o mesmo impacto nos setores da restauração, hotelaria e animação turística, “nem coisa parecida”, disse a porta-voz da Associação Empresarial Ourém-Fátima à Rádio Observador.

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Na quarta-feira, durante a homilia, o bispo de Santarém defendeu que os estrangeiros são “uma necessidade e um bem” para Portugal e não devem ser “explorados ou maltratados”.

Com um recinto com mais de 30 mil metros quadrados, há voluntários a monitorizar a distribuição das pessoas no local, por forma a garantir o necessário distanciamento físico. O uso de máscara não é obrigatório, mas recomendado, havendo avisos sonoros de meia em meia hora em várias línguas a recordar as medidas preventivas face à pandemia.

A peregrinação termina durante a manhã, com a Procissão do Adeus, após a missa, prevista para as 10h.