Estreia-se a 16 de setembro na Netflix “The Devil All The Time”, filme baseado no livro de Donald Ray Pollock com o mesmo título, que conta a história de Arvin Russell (Tom Holland), que depois de receber a arma do pai, antigo combatente na Segunda Guerra Mundial, vê transformado o seu mundo de equilíbrio católico, no interior dos EUA, num cenário de assombrações e tentações diabólicas e aparentemente inexplicáveis. Este é o primeiro trailer, revelado agora pela plataforam de streaming que é também produtora:

O filme, cuja narrativa se desenrola no período que vai de 1939-45 até à Guerra do Vietname, conta também com Robert Pattinson no papel de Preston Teagardin, um pregador que corresponde aos estereótipos do sul dos EUA e que serve de coro para todos os males e uma só redenção; Sebastian Stan é o xerife-mas-pouco, que não contribui a não ser com mais veneno; e Riley Keough e Jason Clarke compõem o casal que guarda um segredo terrível, amaldiçoado porém necessário para que a história tenha o sotaque psicológico que se impõe a um filme vendido também com o rótulo de “gótico”.

Baseado na obra de um autor de alto perfil, a confiar na dupla Holland-Pattinson para garantir um toque de imprevisibilidade ainda que pop no resultado final e guardado para o início da temporada pós-verão (ainda que não saibamos bem o que isso significa por estes dias), “The Devil All The Time” é a primeira de uma série de grandes apostas da Netflix no cinema para o fim de 2o2o. A plataforma quer fazer render a base de assinantes que está próxima dos 200 milhões no mundo inteiro e que tem mudado hábitos de consumo cinematográfico ao longo dos últimos anos — fazendo dessa mudança uma verdadeira revolução nos últimos cinco meses, graças à pandemia de Covid-19.

A sala de estar tem sido a nova sala de cinema e a aproximação das semanas em que se faz o balanço do ano e a seleção dos nomeados aos prémios que importam também contribui para estas estreias. Serão elas “I’m Thinking of Ending Things”, de Charlie Kaufman, e “The Trial of the Chicago 7″, de Aaron Sorkin, por exemplo.

“The Devil All the Time” é realizado por Antonio Campos, americano prestes a completar 37 anos, filho do jornalista e escritor brasileiro Lucas Mendes. “Christine”, de 2016, será provavelmente a longa-metragem de maior projeção realizada por Campos até agora, cineasta que também obra feita na televisão, em séries como “O Justiceiro” ou “The Sinner”. Já este ano, integrou o lote de realizadores que contribuíram para o projeto “Homemade”, com curtas feitas durante o isolamento.

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