A história agência fotográfica Magnum, fundada em 1947 por fotojornalistas como Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, anunciou esta sexta-feira que está a rever o seu enorme arquivo, que inclui cerca de um milhão de fotografias, depois de terem surgido acusações de que algumas das imagens do arquivo mostram situações de exploração sexual de menores.

“Como muitos na indústria fotográfica, estamos a reexaminar os nossos arquivos passados, porque estamos conscientes de que há material que pode ser inapropriado”, disse uma porta-voz da agência citada pelo jornal inglês The Guardian. “A Magnum acumulou quase um milhão de imagens ao longo dos seus 73 anos de história e está comprometida em fazer este processo abrangente.

A presidente da agência, Olivia Arthur, esclareceu que a Magnum está a fazer uma revisão aprofundada “para garantir que entendemos totalmente as implicações do trabalho que está no arquivo, tanto em termos de imagens como de contexto”.

“Recentemente, fomos alertados para material histórico no nosso arquivo que é problemático em termos de imagens, legendas e etiquetas e estamos a levar isto extremamente a sério”, acrescentou a líder da agência.

Em causa estão reportagens fotográficas sobre exploração sexual nas quais é possível ver imagens explícitas de crianças, incluindo nudez e atos sexuais com clientes. A denúncia surgiu do site de fotografia Fstoppers, que acusou a Magnum de divulgar registos explícitos de crimes de abuso sexual de menores.

“Os tempos estão a mudar e o nosso mundo fotográfico está a entrar num período de auto-reflexão sem precedentes”, disse Olivia Arthur. “Muitos de nós estamos a começar a olhar para nós e para o nosso trabalho a partir de pontos de vista diferentes.”

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