A CDU/São Miguel, nos Açores, reivindicou esta terça-feira a implementação de um programa de emergência para a Saúde, alertando para as listas de espera naquela ilha, agravadas devido à Covid-19.

É urgente um programa de emergência para a saúde, com um investimento adequado, que permita responder a todos os adiamentos que se verificaram desde março e que dê início a um novo paradigma nos cuidados de saúde, dirigidos não apenas a cuidar da doença, mas sobretudo a manter a saúde, prevenindo a doença”, defendeu a coligação, em comunicado de imprensa.

A CDU/São Miguel criticou o “desinvestimento” do Governo Regional dos Açores na área da saúde, alegando que se tem verificado em São Miguel um crescimento das listas de espera, falta de médicos em várias especialidades, assim como de enfermeiros e auxiliares.

“É urgente inverter o subfinanciamento na saúde que já dura há largos anos. É preciso dotar a ilha dos recursos humanos, médicos, enfermeiros e auxiliares, que permitam responder às necessidades dos micaelenses”, lê-se no comunicado.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Segundo a coligação, a pandemia da Covid-19 “veio agravar esta realidade, de forma dramática, para muitos cidadãos, interrompendo intervenções médicas, adiando o início de tratamentos e atrasando procedimentos de rotina”. Nesse sentido, a CDU/São Miguel reivindicou a implementação de um programa de emergência para a Saúde, com “verbas adequadas, para que se consigam os necessários recursos humanos e materiais”.

Se esse programa pode sair, no curto prazo, mais dispendioso, tal deve-se apenas ao atraso de vários anos, em que se empurraram milhares de cidadãos para situações de doença e cuidados de saúde privados. No entanto, como todos os estudos demonstram, é preferível uma política dirigida à saúde e à prevenção da doença, tanto do ponto de vista dos cidadãos, como do ponto de vista da gestão dos dinheiros públicos”, acrescentou.

Foram detetados nos Açores 196 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença Covid-19, verificando-se atualmente 19 casos positivos ativos, dos quais 17 na ilha de São Miguel e dois na ilha Terceira, registando-se a morte de 16 pessoas.