O membro do Hezbollah Salim Ayyash foi condenado, esta terça-feira, pelo envolvimento no ataque terrorista que matou o antigo primeiro-ministro líbanês, Rafik Hariri, matou 21 outras pessoas e feriu mais de 200, a 14 de fevereiro de 2005. Foi o único condenado da lista de 20 suspeitos criada no início das investigações, num julgamento que chegou a ter cinco arguidos.

Salim Ayyash é tido como um elemento importante dentro do movimento xiita Hezbollah e está acusado de ter estado envolvido em mais três assassinatos só entre 2004 e 2005, refere o jornal The Guardian.

Segundo os juízes do Tribunal Especial para o Líbano, apoiado pelas Nações Unidas, Ayyash tinha um dos seis telemóveis usados no atentado com um carro-bomba suicida. A pena ainda não foi conhecida, mas, como refere o jornal New York Times, é pouco provável que venha a ser cumprida, uma vez que se desconhece o paradeiro do arguido, julgado à revelia.

Os outros três arguidos — Hussein Hassan Oneissi, Assad Hassan Sabra e Hassan Habib Merhi — foram absolvidos pelo tribunal especial, que os julgava desde 2014. O tribunal foi criado nos arredores de Haia (Holanda) — e não em Beirute — por razões de segurança.

Um quinto homem, Mustafa Badreddine, aquele que era considerado pela acusação como o coordenador do ataque, foi morto na Síria, em 2016, antes de concluído o julgamento. A acusação manteve a convicção de que era ele o cérebro por trás da operação por ser um comandante militar próximo dos líderes do grupo Hezbollah.

Apesar disso e das ligações dos arguidos ao grupo paramilitar, o tribunal concluiu que a acusação não conseguiu apresentar provas de que os líderes da organização estivessem envolvidos no ataque, refere o jornal New York Times. O próprio Hezbollah sempre negou a autoria do atentado, segundo a BBC.

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