O grupo BCP reduziu a sua posição no capital da EDP para menos de 2%, tendo assim deixado de ter uma posição qualificada na elétrica. Esta redução surge na sequência do aumento do capital realizado este mês. Apesar de o BCP ter reforçado o número de ações detidas na empresa, através do seu fundo de pensões, isso não foi suficiente para manter uma participação igual ou superior a 2%.

O grupo bancário detém agora 76.627.022 ações, mas a participação no  capital os respetivos direitos de voto diminuíram de 2,046% para 1,932%, informa a elétrica em comunicado.

O BCP é um acionista de referência histórico da EDP e era o único grupo com sede em Portugal a deter uma participação qualificada na maior empresa portuguesa, estando representando no conselho geral e de supervisão através de Nuno Amado que é o chairman do banco. O BCP entrou no capital da EDP no final do século passado no quadro de uma parceria nas telecomunicações. O banco, então liderado por Paulo Teixeira Pinto, propôs António Mexia para presidente executivo da elétrica, atualmente suspenso de funções por ordem judicial, em 2006.

O BCP foi o único acionista português a manter uma posição de referência na elétrica depois do Grupo Mello e do BES terem vendido as suas participações durante a crise financeira e de o Estado ter alienado a sua posição em 2012.

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A EDP realizou um aumento de capital de cerca de mil milhões de euros para financiar a aquisição de uma empresa em Espanha, a Viesgo. De acordo com comunicados feitos, vários dos principais acionistas da elétrica acompanharam a operação, mantendo a sua posição no capital.

Administradores e acionistas acompanham aumento de capital na EDP com 294 milhões de euros