Começou com uma saída relativamente tranquila dos primeiros jogadores, que iam ouvindo as dezenas de adeptos que se concentraram na zona do Myriad By Sana Hotels, onde a equipa tem ficado hospedada em Lisboa durante a Final Eight da Champions, e acenavam em sinal de agradecimento. Depois, apareceu Neymar. Tudo mudou: com uma coluna de som nas mãos, o brasileiro deu o mote para uma dança coletiva entre todos os elementos do PSG antes de cânticos que diziam “Estamos na final, estamos na final”. A primeira qualificação do conjunto francês para a final da Liga milionária foi motivo de festa e quase parecia a certa altura que estava a ser celebrado um título que será discutido ainda no domingo com Bayern e Lyon. Foi assim em Lisboa, foi assim em Paris.

Já depois de muitos adeptos terem assistido ao encontro em restaurantes e bares da capital, centenas de adeptos foram para as ruas comemorar o feito, sendo que a própria polícia teve de ser chamada e lançou gás lacrimogéneo para dispersar os adeptos (muitos deles sem máscaras) na zona dos Campos Elísios, num final de festa marcado por episódios de maior tensão e violência, com algumas viaturas a levarem com os excessos da festa e uma carrinha da polícia a ser atacada. No rescaldo de uma madrugada que ainda foi longa, foram feitas 36 detenções. De recordar que, fruto do aumento aumento exponencial de casos de Covid-19 no país, as concentrações com mais de dez pessoas sem os comportamentos devidos está agora proibida, sendo que a obrigatoriedade de uso de máscara foi também alargada no final da última semana à zona dos Campos Elísios, entre outros bairros.

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Também na zona do Parque dos Príncipes houve uma concentração com milhares de adeptos do PSG, neste caso marcada apenas por uma enorme festa com tochas, cânticos e bandeiras à mistura. Essa aglomeração ocorreu ainda com o encontro a decorrer na segunda parte, tendo na altura mais pessoas do que nos Campos Elísios.

No rescaldo dos acontecimentos, a ministra dos Desportos de França, Roxana Maracineanu, pediu aos adeptos que tenham outro comportamento e responsabilidade na final da competição, no próximo domingo. “Há que viver este momento de emoção e felicidade com os que são próximos. E já é positivo que o possamos fazer tendo em conta o que vivemos nos últimos meses quando estivemos em confinamento”, referiu, pedindo aos adeptos para que fiquem em casa e não repitam as aglomerações registadas não só junto aos Campos Elísios mas também no Parque dos Príncipes. Em paralelo, falando à France Info, a ministra dos Desportos revelou ainda que, caso o Lyon consiga ultrapassar o Bayern na segunda meia-final, tentará convencer Emmanuel Macron a vir a Lisboa.