Macau baixou esta quarta-feira o alerta máximo de tempestade tropical de 10 para 8, com as autoridades a informarem que o tufão Higos está a afastar-se gradualmente do território, que mantém o aviso mais elevado de risco de inundações.

Macau suspendeu as aulas e atividades educativas previstas para esta quarta-feira, bem como “serviços dos equipamentos de serviços de apoio a crianças e jovens, de serviços de apoio a idosos e de serviços de reabilitação nas zonas baixas”.

Todos os postos fronteiriços terrestres entre Macau e a vizinha cidade chinesa de Zhuhai (onde o tufão já atingiu terra) foram encerrados igualmente, quando estão suspensos os transportes públicos, ligações marítimas e aéreas, bem como a travessia na maioria das pontes.

Não há registo de feridos e 161 pessoas tiveram de se refugiar nos 17 abrigos de emergência criados pelas autoridades.

O nível vermelho de ‘storm surge’ (maré de tempestade) mantém-se, assim como o risco de o nível da água atingir 2,5 metros, razão pela qual as autoridades anunciaram a suspensão do fornecimento de energia em algumas zonas da cidade.

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Os centros de saúde de Tap Seac, de Fai Chi Kei, da Areia Preta da Ilha Verde, de São Lourenço, dos Jardins do Oceano e de Nossa Senhora do Carmo-Lago, o Posto de Saúde Provisório de Seac Pai Van e o Posto de Saúde em Coloane foram acionados para prestarem apenas serviços de urgência.

A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, que são emitidos tendo em conta a proximidade da tempestade e a intensidade dos ventos.

Para este ano, as autoridades de Macau disseram prever quatro a seis tempestades tropicais no território, algumas delas podendo mesmo “atingir o nível de tufão severo ou super tufão”.

Desde 2017, dois tufões obrigaram as autoridades a emitirem o alerta máximo. Em setembro de 2018, a passagem do tufão Mangkhut por Macau deixou prejuízos económicos diretos e indiretos no valor de 1,74 mil milhões de patacas (180 milhões de euros).

O Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território, onde o sinal máximo de tempestade tropical esteve içado várias horas. Ao todo, as autoridades retiraram 5.650 cidadãos das zonas baixas e 1.346 pessoas recorreram a centros de abrigo de emergência.

Um ano antes, o tufão Hato (posteriormente denominado de Yamaneko pelas autoridades locais), apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, causou 10 mortos, 240 feridos e prejuízos avaliados em 12,55 mil milhões de patacas (1,32 mil milhões de euros).