A procura de escritórios no Porto “diminuiu significativamente” no segundo trimestre deste ano e é, em geral, para áreas pequenas entre os 100 e 250 metros quadrados, segundo dados da consultora imobiliária internacional CBRE.

Estes indicadores dão a entender que se venha a verificar uma “diminuição relevante da absorção nos próximos trimestres”, referiu, numa nota enviada às redações. Segundo a CBRE, neste segundo trimestre, o Porto registou uma ocupação de escritórios de 9.000 metros, uma área “muito inferior” à do trimestre anterior (menos 54%). “A absorção total do primeiro semestre de 2020 foi idêntica à do período homólogo de 2019”, vincou.

A atividade compreendeu “apenas” oito negócios, metade do número médio trimestral observado em 2019, adiantou a consultora. Quatro negócios têm áreas acima de 1.500 metros quadrados, correspondendo a 92% da absorção total, tendo a principal ocupação sido resultado de um edifício construído à medida build-to-suit para a Mercadona (cadeia de supermercados).

A 6 de agosto, a Câmara Municipal do Porto, citando dados do relatório elaborado pela consultora imobiliária Predibisa, adiantava que o volume de ocupação de escritórios, no primeiro semestre de 2020, aumentou 38% e dois terços dos negócios envolveram empresas multinacionais.

Numa publicação no seu site, a Câmara Municipal do Porto salientou que “nem a pandemia travou a dinâmica empresarial e económica do Porto”, com o volume de ocupação nos primeiros seis meses do ano a aumentar 38%, face a 2019.

Contactada hoje pela Lusa, a autarquia lembrou que os dados apresentados a 06 de agosto são referentes ao primeiro semestre do ano e este estudo da CBRE relativo ao segundo trimestre.

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