Cerca de 13,3 milhões de pessoas no Brasil fizeram, entre fevereiro e julho, algum teste para diagnóstico da Covid-19, sendo que 20,4% (2,7 milhões) obtiveram resultado positivo, foi anunciado esta quinta-feira.

A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que incluiu seis novos temas relativos à pandemia nas suas sondagens, além das questões sobre o mercado de trabalho e sintomas de síndrome gripal.

O levantamento detetou que 79,6% das pessoas testadas neste grupo de 13,3 milhões de pessoas (6,3 por cento da população) obtiveram resultado negativo. O Brasil tem 211 milhões de habitantes.

Os testes foram realizados por homens e mulheres na mesma proporção (6,2% e 6,4%, respetivamente), mas, principalmente, por pessoas de 30 a 59 anos de idade (9,1%). Quanto maior o nível de escolaridade e o salário, maior foi o percentual de pessoas que fez algum teste”, explicou Maria Lúcia Vieira, coordenadora da pesquisa.

O IBGE verificou que quanto ao comportamento face à pandemia, 4,1 milhões de pessoas (2% da população brasileira) afirmaram não terem adotado qualquer medida de restrição social em julho. Outras 64,4 milhões de pessoas assumiram que reduziram o contacto social, mas continuaram a sair de casa.

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Já 92 milhões de brasileiros (43,6% da população) disseram que ficaram em casa e só saíram para cumprir necessidades básicas. Por fim, 49,2 milhões de pessoas garantiram que estiveram em isolamento social.

“Essas medidas mais restritivas de isolamento foram seguidas, sobretudo, pelas mulheres, crianças até aos 13 anos e idosos. Cerca de 84,5% dos idosos ficou rigorosamente em casa ou só saiu em caso de necessidade”, destacou a coordenadora da sondagem do IBGE.

Além disso, a pesquisa também mostrou que, em julho, quase todos os 68,5 milhões de domicílios do Brasil tinham itens básicos de higiene e proteção contra a Covid-19, como sabão ou detergente para higienizar as mãos (99,6%), máscara (99,3%) e água sanitária ou desinfetante (98,1%) para limpeza da casa. Já o álcool 70%, indicado no uso contra o novo coronavírus, estava presente em 95,8% dos domicílios.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo maior número de infetados e de mortos (mais de 3,4 milhões de casos e 111.100 óbitos), depois dos Estados Unidos.