A partir de 2023, os franceses vão ter em laboração uma gigafactory de baterias. Com potencial para produzir acumuladores com uma capacidade total inicial de 16 kWh, a fábrica vai ter a possibilidade de evoluir até aos 50 kWh, o que a eleva ao estatuto “giga”.

O Presidente Emmanuel Macron já tinha chamado a atenção para a necessidade de produzir localmente baterias, isto se os fabricantes franceses não quisessem ficar dependentes dos produtores de acumuladores de outros países, como a China ou a Coreia do Sul, também eles concorrentes na fabricação de automóveis. Numa posição em total sintonia com a chanceler alemã, Angela Merkel, que também apelou ao investimento nesta área, predispondo-se a ajudar no investimento necessário.

Na liderança do projecto está a empresa francesa Verkor, que se aliou a parceiros estratégicos como a IDEC Group, Schneider e a InnoEnergy, além do Estado francês. A procura por terrenos para instalar a fábrica já começou, sendo necessários cerca de 200 hectares.

Para este projecto destinado a evitar a dependência do estrangeiro num sector tão importante para a economia francesa como a indústria automóvel, a Verkor irá criar 2000 postos de trabalho. Curioso é o facto de, na administração da gigafactory, estarem alguns nomes conhecidos associados à produção de veículos eléctricos, como Christoph Mille, um antigo engenheiro da Tesla e da BMW que agora surge como CTO (chief technology officer). Ao seu lado, como CCO (chief communications officer) vai estar Philippe Chain, que liderou o desenvolvimento do e-tron e e-tron Sportback para a Audi.

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