O PS mostrou-se preocupado com os números do desemprego esta quinta-feira conhecidos, apesar de serem “infelizmente expectáveis”, considerando ser necessário “continuar a definir medidas de promoção ativa de emprego” e salvaguardar os postos de trabalho existentes.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 37% em julho em termos homólogos e 0,2% face a junho, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Obviamente que os números que foram conhecidos hoje [quinta-feira] são números que preocupam o PS. São números que eram infelizmente expectáveis, quer no emprego quer no desemprego, face àquele momento que atravessamos”, afirmou, em declarações à agência Lusa, a deputada do PS Marina Gonçalves.

Não sendo “obviamente números simpáticos nem favoráveis”, uma vez que “são números efetivamente preocupantes”, a deputada socialista destacou “duas situações que são de valorizar positivamente”.

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Por um lado, os sinais que temos de alguma desaceleração do desemprego face àquilo que são os dados dos meses anteriores —  e não do período homólogo —  e também alguma recuperação do dinamismo económico, que nos leva a crer que o caminho é efetivamente com medidas de apoio à economia, de apoio ao emprego”, enfatizou.

Para Marina Gonçalves, é preciso “continuar a definir medidas de promoção ativa de emprego” e salvaguardar os grupos nos quais se verifica mais a tendência de aumento do desemprego, como as mulheres, os mais jovens e os desempregados de longa duração.

A deputada socialista defendeu ainda o reforço das “medidas que estão em curso ao nível das políticas ativas de emprego”, para além de apoiar a salvaguarda dos postos de emprego que existem.

Questionada sobre a ideia defendida pelo primeiro-ministro, o socialista António Costa, na quarta-feira, de reconverter, com a devida formação, os desempregados do turismo para o setor social, Marina Gonçalves concordou que “esse é um dos caminhos”.