O assassino em série Joseph James DeAngelo, um ex-polícia que foi responsável por pelo menos 13 homicídios e 50 violações no estado da Califórnia na década de 1970 e 1980, foi condenado esta sexta-feira a uma pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

Joseph DeAngelo, de 74 anos, declarou-se culpado e numa curta declaração no tribunal pediu desculpa às testemunhas que depuseram durante o processo. “Ouvi cada um dos vossos depoimentos. Cada um deles. E peço verdadeiramente desculpa a todas as pessoas que magoei. Obrigado, senhor juiz”, disse Joseph DeAngelo, naquelas que foram as únicas palavras proferidas pelo condenado aquando da leitura da sua sentença.

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“Joseph DeAngelo, que designarei daqui em diante como ‘o diabo em pessoa’, entrou na minha casa, vendou-me, amarrou-me, ameaçou-me de morte e violou-me”, escreveu Phyllis Henneman, uma das vítimas, cujo testemunho foi lido pela irmã em tribunal. “A vida como eu a conhecia mudou de forma irrevogável nesse dia.”

Apesar de os crimes remontarem a pelo menos 1975, Joseph DeAngelo só foi detido em 2018, depois de uma análise de DNA o ter denunciado.

Os crimes de Joseph DeAngelo, cuja identidade ter sido revelada mereceu várias alcunhas entre elas o de “Assassino do Estado Dourado” (em alusão à Califórnia, que tem aquele cognome), foram analisados ao pormenor pela série “I’ll Be Gone In The Dark”, da HBO, lançada em junho de 2020.

“I’ll Be Gone In The Dark”. Apanhar um assassino é sempre “um trabalho de equipa”