O município de Pampilhosa da Serra concluiu a segunda fase de implementação da rede ‘geocaching’ e conta atualmente com 73 ‘geocaches’ (tesouros) estrategicamente colocadas ao longo dos nove percursos pedestres daquele território.

O ‘geocaching’ é uma espécie de “caça ao tesouro dos tempos modernos, que tem vindo a ganhar cada vez praticantes”, refere esta autarquia do distrito de Coimbra, em comunicado, salientando que, “nesta atividade turística ou de lazer, a paisagem e o património são utilizados para esconder os vários tesouros, incitando à descoberta do território de uma forma original”.

“A sustentabilidade dos segmentos do turismo ativo e de natureza continua a ser uma das principais apostas da autarquia no setor, a par da valorização dos elementos de elevado interesse patrimonial”, refere a nota.

Para Luís Alves, investigador do Departamento de Geografia e Turismo da Universidade de Coimbra, parceira no projeto, o ‘geocaching’ “fomenta a visitação de pessoas que possam ser desse local, mas também de turistas que venham conhecer o território, neste caso Pampilhosa da Serra”.

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“Esta prática privilegia o contacto com a natureza, de forma segura, e não necessita de investimentos avultados. Para encontrar as ‘geocaches’, bastam duas coisas: espírito de aventura e colocar as coordenadas GPS num aparelho compatível. Depois de as descobrir, os utilizadores devem efetuar o registo físico, no local, e ‘online’ em geocaching.com”, salienta o comunicado.

Enquanto produto turístico, o ‘geocaching’ assume ainda um papel muito importante na valorização e dinamização do território, segundo Luís Alves, que destaca a “mitigação do efeito de sazonalidade na procura do território” ou o “aumento da estada média”.

O investigador revelou que está previsto o lançamento de uma campanha de promoção dos produtos endógenos de Pampilhosa da Serra através da rede ‘geocaching’, de forma a otimizar a experiência dos entusiastas da modalidade e para atrair novos praticantes.