Não há duas sem três e pode ser que à terceira seja de vez. Depois da presença no encontro decisivo em 2014 (0-3 com o Barcelona) e em 2017 (1-2 frente ao Salzburgo), o Benfica vai voltar a marcar presença numa final da Youth League, após derrotar este sábado em Nyon o Ajax por 3-0. Os encarnados vão agora defrontar no jogo decisivo o vencedor da outra meia-final, disputada também esta tarde, entre o Real Madrid e o Salzburgo.

Um Feiticeiro de Olhão para Jesus ver: Benfica vence Dínamo Zagreb com bis de Gonçalo Ramos e está nas meias da Youth League

Ao contrário do que se passou no encontro dos quartos frente ao Dínamo Zagreb, que o Benfica venceu por 3-1 com bis de Gonçalo Ramos a decidir tudo na segunda parte, o conjunto de Luís Castro entrou melhor em campo entre boas iniciativas de Úmaro Embaló e Gonçalo Ramos apesar de o primeiro remate com mais perigo ter surgido da parte dos holandeses por Martha. A partida entrou depois numa fase mais quezilenta (até o treinador das águias foi parar ao chão, empurrado por Douglas antes de uma reposição de bola, aos 45′) e foi nesse período que a qualidade ofensiva dos encarnados mais se fez notar: João Ferreira atirou sozinho na área ao lado após assistência de Embaló (40′), Tiago Araújo não perdoou com um remate de fora da área ao ângulo sem hipóteses para Raatsie após uma recuperação de bola em zonas mais altas do terreno de Henrique Jocu (42′).

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A colocação de João Ferreira como lateral esquerdo, a subida no flanco de Tiago Aráujo e a entrada de Filipe Cruz para o lado direito resultaram na perfeição, não só no flanco canhoto mas também à direita onde Úmaro Embaló, ou Di María Embaló como é conhecido no Seixal, foi brilhando em ações individuais ou combinações que podiam ter outro desfecho durante uma segunda parte de maior controlo onde o Ajax nunca conseguiu criar oportunidades para empatar e foi o Benfica que consolidou o resultado: Embaló, num pontapé de fora da área após canto que sofreu ainda um desvio, aumentou para 2-0 (75′) e Tiago Dantas, de penálti, fechou as contas em 3-0 (79′) . A nota negativa foi o amarelo a Paulo Bernardo, que afasta o médio, que voltou a ser dos melhores, da final.

Antes, os encarnados terminaram a fase de grupos no primeiro lugar do grupo G com 15 pontos, com cinco vitórias (Lyon, 3-2 fora; RB Leipzig, 2-1 casa e 3-0 fora; Zenit, 1-0 casa e 7-1 fora) e uma derrota (Lyon, 2-1 casa), afastando depois nos oitavos o Liverpool por claros 4-1 e o Dínamo Zagreb, nos quartos, por 3-1.

Assim, o Benfica tentará agora conquistar o título que na última temporada foi ganho pelo FC Porto, o que faria com que Portugal igualasse Espanha e Inglaterra como país com mais troféus na prova, além de ser o primeiro com duas equipas a inscrever o nome entre os vencedores. Recuperando os conjuntos que ganharam a competição, o Barcelona venceu a primeira edição após derrotar o Benfica de Gonçalo Guedes, Nuno Santos, Hildeberto, Pedro Rebocho, Rochinha e Romário Baldé por 3-0, em 2014; o Chelsea ganhou em 2015 e 2016 depois de vencer Shakhtar (3-2) e PSG (2-1); o Salzburgo foi campeão em 2017 ganhando ao Benfica de João Félix, Rúben Dias, Gedson Fernandes, Florentino Luís, Jota e Diogo Gonçalves por 2-1; o Barcelona ganhou em 2018 após derrotar o Chelsea (3-0); e, no último ano, os dragões de tornaram-se a primeira equipa portuguesa a ganhar com o Chelsea (3-1), numa formação com Romário Baró, Fábio Silva, Diogo Costa, Diogo Leite, Fábio Vieira ou João Mário.

FC Porto vence Chelsea na final e torna-se a primeira equipa portuguesa a conquistar a Youth League