O procurador-geral de Nova Iorque está a investigar os negócios privados de Donald Trump por suspeitas de empolamento do valor dos ativos (sobretudo propriedades e imóveis) para dar informação enganadora aos seus financiadores.

De acordo com o Washington Post que cita o gabinete do procurador, o processo aberto está a investigar o grupo do milionário pelo uso de relatórios sobre condições financeiras, documentos que Trump envia para os seus financiadores com uma síntese de quanto valem os seus ativos (bens, investimentos, propriedades ou participações financeiras) e da dívida associada a cada um deles.

O processo pede a um juiz de Nova Iorque que force o grupo empresarial do presidente americano a fornecer informação que tem evitado dar aos investigadores, e que dê luz verde a uma intimação para entrevistar o filho do presidente, Eric Trump. De acordo com o inquérito, citado pelo Washington Post, esteve prevista uma entrevista com Eric Trump em julho, mas foi cancelada e o filho do presidente tem recusado responder às perguntas.

A notícia sobre a abertura deste inquérito surge no dia em que Donald Trump foi confirmado pelos republicanos como o candidato do partido à Casa Branca onde vai completar o primeiro mandato.

Fonte oficial do procurador-geral adianta que as investigações se iniciarem depois do antigo advogado e intermediário de Trump, Michal Cohen ter afirmado ao congresso dos Estados Unidos que o empresário tinha recorrido a esses relatórios para inflacionar o seu património líquido junto de investidores e financiadores. Algumas dos ativos de Trump que terão sido sobreavaliadas são um campo de golfe em Los Angeles, um edifício de escritórios em Wall Street e uma propriedade chamada Seven Springs em Westchester County, no estado de Nova Iorque. A fortuna do atual presidente americano foi feita sobretudo no mercado imobiliário.

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