A poucas horas do arranque da convenção do Partido Republicano dos EUA, a conselheira de Donald Trump, Kellyanne Conway, anuncia que vai deixar a Casa Branca. Num comunicado que a BBC cita, Conway explica que vai deixar o cargo que ocupava há quatro anos no final de agosto para se concentrar nos seus filhos, dando-lhes “menos drama, mais mãe”.

Aquela que foi a primeira mulher a liderar uma campanha presidencial com sucesso nos EUA, e que levou à eleição de Trump em 2016, vai dedicar-se aos quatro filhos adolescentes e pré-adolescentes que começam agora um novo ano letivo “remotamente a partir de casa por pelo menos alguns meses”. “Como milhões de pais em todo o país sabem, as crianças que estudam em casa requerem um nível de atenção e vigilância que tão incomum como os tempos que vivemos”, disse no comunicado.

O seu marido, George Conway, um dos líderes do The Lincoln Project, um comité de ação política cujo objetivo é evitar a reeleição de Trump, também vai afastar-se da vida política, detalha Kellyanne Conway no comunicado.

[Eu e o George] discordamos sobre muitas coisas, mas estamos unidos no que é mais importante: as crianças”, acrescentou

O anúncio da demissão vem horas depois de uma das filhas da agora ex-conselheira de Trump, Claudia Conway, ter feito um tweet — que acabaria por se tornar viral — a dizer que o trabalho da sua mãe “arruinou” a sua vida”. “É uma deceção que ela continue a trilhar esse caminho depois de anos a ver os filhos a sofrer. Egoísta. É tudo uma questão de dinheiro e fama, senhoras e senhoras”, lê-se.

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Noutro tweet, afirmou estar “devastada” pelo facto da mãe ir discursar na convenção republicana, onde os delegados do partido vão escolher Trump como candidato às eleições presidenciais. Conway deveria falar na convenção do Partido Republicano no final desta semana, mas não se sabe agora se os planos se mantêm depois da sua decisão de deixar o cargo de conselheira do Presidente dos EUA.