O Credit Suisse vai fechar 37 balcões na Suíça para otimizar o seu negócio, anunciou esta terça-feira o banco, revelando ainda que alguns cortes na força de trabalho são inevitáveis.

A instituição adiantou que conta ter esta estratégia implementada no final deste ano, reduzindo o número de balcões na Suíça de 146 para 109, sendo que uma parte desta reestruturação irá resultar da fusão do Neue Aaargauer Bank, uma subsidiária no cantão de Argóvia, com o negócio principal do Credit Suisse.

De acordo com o banco, citado pela Associated Press (AP), nos últimos dois anos a utilização da banca ‘online’ aumentou 40% e o recurso à sua aplicação via telemóvel mais do que duplicou. “A crise da Covid-19 acelerou ainda mais esta tendência”, indicou o banco, salientando que as visitas aos balcões têm estado em queda já há anos.

O Credit Suisse indicou ainda que uma redução dos postos de trabalho “é inevitável” tanto no Neue Aargauer Bank como no próprio Credit Suisse, mas não adiantou números. O banco informou que está em negociações com os representantes dos trabalhadores, com o objetivo de encontrar emprego dentro do banco ou em outros locais para o maior número de pessoas possível.

O Credit Suisse, de acordo com a AP, estimou uma poupança anual de custos de 100 milhões de francos suíços (92 milhões de euros) a começar em 2022.

Em julho, o Credit Suisse anunciou que as suas atividades de mercados e de banca de investimento iriam fundir-se numa só divisão, de acordo com o presidente executivo do banco suíço.

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Trata-se da primeira decisão estratégica de reestruturação tomada pelo gestor do segundo maior banco da Suíça, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano, tendo realçado que o grupo financeiro está a anunciar “uma série de iniciativas estratégicas para melhorar a eficácia e gerar ganhos de eficiência”.

O Credit Suisse informou que o lucro no segundo trimestre deste ano subiu 24%, para 1.162 milhões de francos suíços (1.080 mil milhões de euros), superando as estimativas dos analistas.

A restruturação inclui um novo plano de cortes nos custos, sendo que o presidente executivo, Thomas Gottstein, pretende, assim, criar um “grande banco” de investimento global, lê-se num comunicado divulgado na altura e citado pela agência financeira Bloomberg.