Dez gestores de balcão do BCP estão a ser alvo de processos disciplinares por terem alegadamente falsificado a naturalidade de clientes provenientes de países considerados de risco, conta o Jornal Económico, que se baseia em fontes ligadas ao processo.

O caso, descoberto na sequência de uma auditoria interna feita pelo Millennium BCP, pode levar ao despedimento desses gestores.

A falsificação tinha como objetivo acelerar a aprovação de contratos de crédito ao consumo, evitando que esses processos fossem analisados pelo departamento de risco, como impõem os regulamentos do banco, de acordo com o Económico. Os empréstimos seriam fechados nas sucursais onde os pedidos foram feitos sem a burocracia adicional.

Os clientes em causa, mesmo que tivessem cartão de cidadão português, nasceram em países como Índia, Angola, Moçambique ou Brasil. Os gestores de balcão do BCP terão alterado a naturalidade desses clientes para uma cidade portuguesa, repondo depois a naturalidade original já depois da aprovação do crédito.

O resultado da auditoria interna no BCP, que terá uma abrangência maior, segundo o Jornal Económico, já foi comunicado ao Banco de Portugal.

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