Cada passeio no Carocha descapotável da família, um VW Type 1 de 1959, gerava sempre um misto de sensações para os Tupper, pai e filho. Por um lado, era um prazer circular no automóvel que adoravam. Mas, por outro lado, dominava-os uma sensação de pavor, ou pelo menos de receio, de serem literalmente atropelados por qualquer um dos restantes veículos com que partilhavam a ruas, todos eles substancialmente maiores do que o clássico da Volkswagen.

Para evitar esta sensação de poder ser esmagado ao virar de cada esquina, pai e filho meteram as mãos na massa e decidiram construir um Carocha 50% maior. Isto até fazerem contas e perceberem que um veículo com essas dimensões não poderia circular na via pública por exceder as dimensões máximas permitidas, pois só a largura ultrapassaria 2,3 metros. Após uns cálculos rápidos, a família decidiu que a solução era produzir um Carocha “só” 40% mais volumoso.

Recorrendo às novas tecnologias, toda a carroçaria foi digitalizada e cada uma das peças produzida em 3D. Contudo, faltava um chassi e uma mecânica, pois era impossível o velhinho VW suportar o peso descomunal que implica uma carroçaria 40% maior, da mesma forma que seria pedir demasiado ao pequeno motor boxer de quatro cilindros.

A opção foi recorrer a um chassi de uma pick-up da Dodge, na qual instalaram um enorme V8 a gasolina, com 5,7 litros de cilindrada. Depois de alguma bricolage, a carroçaria foi montada, respeitando as proporções do Carocha, enquanto no interior mais uma sessão de 3D permitiu reproduzir do tablier ao mais ínfimo botão. E, quando o condutor quer informações adicionais sobre rotação, temperaturas e estado do motor, terá de fazer baixar o segundo painel de instrumentos, escondido atrás do tablier, para se tornar visível, uma vez que o quadro de instrumentos original do Carocha é parco em informações.

Com o big Carocha, os Tupper já não têm medo de partilhar a via pública com os outros veículos, apoiados no VW de dimensões monstruosas. Veja aqui como tudo aconteceu:

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