A Rampa de Pikes Peak é uma prova difícil, com cerca de 20 km de extensão, 156 curvas e um desnível de 1440 metros, uma vez que a linha de partida se situa a 2862 metros de altitude, para a chegada ter lugar a 4302 m. Mas, acima de tudo, esta prova de velocidade é conhecida pelos seus enormes precipícios, sobretudo na parte final do traçado, onde um despiste dá direito à destruição do carro ou da moto, além da eventual morte do piloto.

A Unplugged Performance é uma empresa particular que se está a especializar na transformação de modelos da Tesla, para os tornar mais desportivos, assim à laia da AMG da Mercedes, dos M da BMW ou dos RS da Audi. O objectivo é optimizar molas, amortecedores, travões e regulações de suspensão, sem nunca mexer em motores, baterias ou na unidade de gestão de energia, para o veículo não perder a garantia e continuar a poder recarregar nos Superchargers da Tesla.

Depois de ter demonstrado a mais-valia do seu kit para o Model 3, que denomina Ascension-R, ao bater o McLaren F1 e o Porsche 911 GT3 RS no circuito de Tsukuba, para depois fazer o mesmo com o Model S Plaid em Laguna Seca, a Unplugged Performance fez questão em participar em Pikes Peak antes de iniciar a comercialização do kit. Veja aqui a subida de qualificação da primeira parte da rampa de um Model 3 a que foram retirados os interiores para permitir a montagem do arco de protecção integral:

Com Randy Pobst ao volante, um “jovem” de 63 anos, o Model 3 Ascension-R inscrito na classe Exhibition arrancou com o pé direito, ao conseguir o melhor tempo na classe e o 3º melhor à geral. Isto na primeira parte da rampa. Depois veio a segunda parte, em que Pobst parece corrigir exageradamente uma ligeira “atravessadela” provocada por uma bossa no alcatrão – a rampa é disputada numa estrada nacional que está aberta ao trânsito todo o ano –, atirando o carro para fora de estrada. Veja aqui o momento:

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Os treinos ficaram por ali, mas a prova, disputada neste domingo, ainda pode ter o Ascension-R à partida, caso a Unplugged Performance consiga recuperar o Model 3, muito estragado de frente e de traseira. Como tudo é de série, os motores da frente e de trás do carro de competição foram substituídos por unidades de outros Model 3, juntamente com os braços de suspensão e o elemento mola/amortecedor que, com a violência do impacto, furou o chassi e o capot da frente. A Unplugged Performance e Randy Pobst acreditam que conseguem voltar a pôr o carro a andar antes de ser dada a ordem de partida. Enquanto esperam, veja aqui a confissão do piloto e os danos no carro: