A Porsche optou por refrescar os atributos do Panamera, quando o modelo entra na segunda metade do seu tempo de vida útil, este que chegou ao mercado em 2016. Em termos de aspecto, as diferenças são mínimas, tanto no exterior como no interior, exigindo um olhar profundamente conhecedor do modelo para detectar as eventuais alterações, além do Turbo S que passa a montar duas barras luminosas como daytime running lights.

Em termos mecânicos, ao nível do chassi e suspensões, o Panamera passa a contar com barras estabilizadoras activas, similar às que o Audi A8 e os Bentley montam desde o início, sendo as deste último mais sofisticadas. Esta não é uma melhoria de pouca monta, uma vez que a solução torna o modelo mais eficiente em curva ao evitar que adorne em excesso, uma vantagem em veículos mais pesados.

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No que respeita a motorizações, o Panamera não traz grandes mexidas. As versões mais acessíveis, o Panamera base (com apenas tracção traseira) e o Panamera 4, montam o já conhecido motor 3.0 V6 sobrealimentado com 330 cv. A versão GTS mantém o 4.0 V8 turbo, mas perde 20 cv, passando de 480 para 460 cv, enquanto o Panamera Turbo é promovido a Turbo S e vê o 4.0 V8 biturbo debitar 630 cv, menos 20 cv do que quando está montado no Lamborghini Urus.

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Novidade igualmente nas versões mais amigas do ambiente, as híbridas plug-in (PHEV), mas não necessariamente no bom sentido. Se até aqui eram dois os Panamera PHEV, que o construtor denomina E-Hybrid, agora as opções dos condutores estão reduzidas a apenas um.

Os anteriores Panamera 4 E-Hybrid, com motor 2.9 V6 de 330 cv, ajudado por uma unidade eléctrica com 136 cv, e o Turbo S E-Hybrid, animado por um 4.0 V8 de 550 cv, associado aos 136 cv do eléctrico, permitiam aos clientes da marca optar entre uma potência total de 460 cv ou de 680 cv. Na versão “pós” restyling do Panamera, apenas está disponível o 4S E-Hybrid, com um V8 mais calmo (com 440 cv), cuja potência total ascende a 560 cv com a ajuda do mesmo motor eléctrico de 136 cv. Positivo nesta motorização é o incremento de capacidade total do pack de baterias, que subiu de 14,1 para 17,9 kWh, o que permite percorrer 54 km em modo eléctrico, o que ajuda a reduzir o consumo declarado segundo o método WLTP.

Em termos gerais e no que respeita às motorizações, os clientes podem sentir algum desconforto por a versão mais possante da berlina germânica ter perdido potência, que até aqui era de 680 cv e agora se vê reduzida para 630 cv. Porém, apesar dos 50 cv a menos, esta potência já não depende de uma bateria pequena que, em condução desportiva, não permite contar com os serviços do motor eléctrico durante muito tempo. A maior dor de cabeça para o Panamera poderá surgir da Mercedes-AMG, que está a preparar um GT de quatro portas ainda mais potente do que o actual 63 S 4Matic+.