O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa assegurou esta terça-feira, em Tripoli, que continua a ser uma “prioridade máxima” para a diplomacia europeia conseguir uma solução pacífica na Líbia, nomeadamente após o recente cessar-fogo.
“A Líbia continua a ser uma prioridade máxima para a UE”, assegura Josep Borrell numa publicação feita na rede social Twitter após se encontrar com o chefe de Governo líbio, Fayez al-Sarraj, numa visita a Tripoli.
Met President Serraj and cabinet members in Tripoli.#Libya remains top priority for EU. We welcome recent ceasefire understanding, and continue to support dialogue and Libyan-led political resolution to conflict.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) September 1, 2020
Na publicação, acompanhada por fotografias do encontro, o chefe da diplomacia europeia “congratula-se com o recente cessar-fogo” na Líbia. “E continuamos a apoiar o diálogo e a resolução política do conflito na Líbia”, sublinha.
Josep Borrell afirma, ainda, que no encontro foram discutidas “formas de avançar com o processo político”, adiantando que “a UE apoia fortemente o processo de Berlim, os esforços de mediação e as medidas de desanuviamento [das tensões], incluindo o embargo de armas, um elemento-chave para pôr fim ao conflito líbio”.
O governo da Líbia, liderado por Fayez al-Sarraj, sediado em Tripoli e apoiado pela ONU, anunciou, na passada sexta-feira, um cessar-fogo em todo o país, tendo pedido a desmilitarização da contestada cidade estratégica de Sirte, controlada pelo governo rival do leste do país, controlado pelo marechal Khalifa Haftar.
O governo de Tripoli também pediu o fim do bloqueio ao petróleo imposto por forças rivais desde o início do ano, bem como eleições parlamentares e presidenciais. A Líbia mergulhou no caos após o derrube de Muammar Kadhafi em 2011. Sarraj conta com a ajuda da Turquia e Haftar com o apoio da Rússia e do Egito.
As forças de Haftar lançaram uma ofensiva em abril de 2019, para tentar capturar a capital, mas a campanha fracassou em junho, quando as milícias aliadas de Tripoli, com apoio turco, ganharam vantagem.