As três feiras do Porto que tinham a reabertura prevista para 4 de setembro vão continuar sem atividade. Em comunicado, a Câmara Municipal do Porto informou esta terça-feira que a reabertura das feiras da Vandoma, Cerco e Pasteleira será suspensa até ao final do mês de setembro, até estiverem reunidas “as condições de segurança e acautelamento da saúde pública que se impõem”.

Pendeu na decisão, objeto de despacho assinado esta terça-feira pelo presidente da Câmara do Porto, um parecer técnico que sublinha as especificidades próprias destas feiras e a sua grande dimensão, bem como o regresso ao Estado de Contingência, decretado pelo Governo a partir do dia 15 de setembro.

De acordo com o autarca, Rui Moreira, a realização destas feiras de grande dimensão exige a máxima prudência, pois “os dados internacionais que vêm chegando são deveras preocupantes, relativamente à situação epidemiológica com o crescimento de número de infetados, não nos permitindo ficar indiferentes”. Além disso, Moreira destaca que o parecer técnico solicitado aos serviços envolvidos para a reabertura destas três feiras, nomeadamente Polícia Municipal, Fiscalização e Proteção Civil, “manifestaram a sua preocupação em virtude quer da dimensão das feiras e afluência de visitantes, quer do exemplo exterior”.

Nesse sentido, “para prevenir uma proliferação significativa da pandemia e tendo em vista a proteção da portuense não se nos afigura – com os dados que agora dispomos – razoável a reabertura das referidas Feiras.” Tanto o mais que “pela experiência vivenciada desde 19 de junho, pelos serviços municipais envolvidos na organização das feiras já reabertas (em plena segurança) e de menor dimensão, o ajustamento à nova realidade para que fossem cumpridas as orientações da DGS e a legislação em vigor, foi deveras complexo”, acrescenta o documento.

O comunicado acrescenta ainda que a esta decisão não foi ainda indiferente o anúncio recente do Governo, que deliberou decretar para todo o país novamente o Estado de Contingência, por resolução do Conselho de Ministros do passado dia 27 de agosto, “o que implicará a tomada de medidas mais exigentes a adotar pelo Município, no combate à pandemia e em prol de todos os portuenses e de quem nos visita”.

O despacho entra em vigor de imediato, “podendo a medida ora tomada ser objeto de prorrogação ou modificação face à evolução da situação epidemiológica, de acordo com as determinações que venham a ser adotadas a nível nacional”, pode ainda ler-se.

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