Poucos meses depois de nomear Sineenat Wongvajirapakdi enquanto “consorte real”, o rei da Tailândia tomou uma decisão surpreendente ao repudiá-la em público e despojá-la de todos os títulos mediante acusações de “deslealdade” e “desobediência”. Agora, depois de no ano passado a ter enviado Sineenat para a prisão, o monarca Maha Vajiralongkorn, de 68 anos, resolveu perdoar a antiga concubina real.

Tailândia. Três meses depois do casamento e da coroação, novo rei oficializa relação com a amante

Na passada sexta-feira, Sineenat deixou a prisão feminina em Banguecoque, onde se encontrava detida, para no dia seguinte estar a caminho da Alemanha, a bordo de um Boeing 737, propriedade da casa real, para aí juntar-se ao harém do monarca, tal como escreve o El País. Assim que aterrou em Munique foi recebida com tratamento real. Foi recebida, inclusive, pelo próprio rei.

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Poucos meses após o casamento e a coroação, em 2019, o rei da Tailândia decidiu tornar pública a relação com Sineenat Wongvajirapakdi, que passou a ostentar o estatuto de chao khun phra (ou “consorte real”). A oficialização do papel de concubina perante toda a população foi transmitida pela televisão, num gesto considerado inédito no país, que pela primeira vez assumiu a poligamia desde a abolição da monarquia absoluta, em 1932.

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Se em julho de 2019, Sineenat Wongvajirapakdi, na altura com 34 anos, foi nomeada “consorte real” ao lado da nova rainha, em outubro o seu destino mudou drasticamente quando o palácio afirmou que tinha sido punida por tentar elevar-se ao “mesmo estatuto que a rainha”. De acordo com o texto publicado no boletim oficial do governo tailandês, a consorte foi acusada de se comportar de maneira inapropriada e de não estar satisfeita com título que lhe fora conferido. Cerca de um ano depois, o rei tailandês mudou de ideias.