O défice federal dos EUA no ano orçamental 2020, que acaba no final deste mês, deve atingir os 3,3 biliões (milhão de milhões) de dólares (2,8 biliões de euros), o triplo do registado em 2019.

O valor previsto corresponde a 16% do produto interno bruto (PIB) e, se se confirmar, vai ser o maior desde 1945, informou hoje o Gabinete do Congresso para o Orçamento (CBO, na sigla em Inglês).

No documento extenso (57 páginas) que colocou na sua página na internet, o CBO adiantou que para 2021 projeta um défice de 8,6% do PIB, valor este que só foi superado duas vezes entre 1946 e 2019.

Em consequência, a dívida pública dos EUA deve encerrar 2020 nos 98% do PIB, o que compara com 79% em 2019 e 35% em 2007, antes do início da prévia recessão.

O CBO prevê que os 100% sejam ultrapassados em 2021 e que a tendência ascendente leve este indicador para os 107% em 2023.

A conjuntura económica resultante dos esforços de contenção da pandemia e a tradução orçamental das subsequentes respostas políticas são as principais causas desta degradação dos indicadores orçamentais, avançou o CBO.

Neste sentido, as despesas públicas federais devem crescer 11 pontos percentuais, de 2019 para 2020, e atingirem os 32% do PIB, um crescimento de 50%.

Pelo contrário, as receitas federais devem cair de 16,3% do PIB em 2019 para 15,5% em 2021.

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