O médico de saúde pública Mário Durval terminou na terça-feira a função como delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo, cargo que ocupava desde 2017.

Em declarações à Lusa, Mário Durval confirmou que foi substituído porque “terminou a comissão de serviço” na terça-feira, escusando-se a comentar por que não tinha sido ponderada uma recondução no cargo.

A evolução da situação pandémica de Covid-19 na zona de Lisboa levou o presidente da autarquia, Fernando Medina, a sugerir em julho deste ano a substituição das chefias de saúde da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Ou há capacidade de conter isto rápido ou então têm de ser colocadas as pessoas certas nos sítios certos”, disse então o presidente da câmara de Lisboa dirigindo-se a Mário Durval entre outras personalidades.

Em entrevista à Rádio Observador, Mário Durval assumiu ter havido falhas nos rastreios e na identificação das pessoas que faziam o teste à Covid-19.

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Mário Durval: “Há problemas que não são responsabilidade da área da saúde”

Mário Durval é assistente graduado sénior da carreira médica de saúde pública, tendo desempenhado funções como Autoridade de Saúde ao nível concelhio (Aljustrel e Barreiro), e, mais tarde, no Arco Ribeirinho.

Foi também diretor dos Centros de Saúde de Aljustrel e Amora e, anteriormente, diretor de Serviços de Saúde em Beja.

O médico “promoveu múltiplas inovações nos cargos que desempenhou, tais como ter iniciado a valência de Saúde Ocupacional em centros de saúde, o modelo de gestão em equipas nucleares em Beja, tal como a criação das Unidades de Saúde Familiares e Comunitárias no Centro de Saúde da Amora”, segundo informação disponível no site da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Mário Durval desenvolveu o conceito e fundou o movimento “Escola de Afetos/Escola de Sucesso” no âmbito da saúde escolar e fundou as “Cidades dos Afetos”.