Desde março até ao início de julho,  — com idades entre os 10 e os 17 anos — foram impedidas de sair do apartamento da família, cuja saída estava “pregada com tábuas”, de acordo com o tribunal de  Jönköping. As crianças estavam ainda proibidas de interagir entre si e comiam dentro dos quartos. Os pais tinham receio que fossem infetadas com o novo coronavírus, noticia o The Guardian.

O advogado das crianças, Mikael Svegfors, disse a uma rádio local que a família não falava nem entendia sueco fluentemente. “Eles não conseguiam entender as notícias aqui. Acompanham as notícias através do feed do seu país” que tinha adotado medidas mais restritivas. “É um tremendo choque como as pessoas pensam em diferentes partes do mundo”, afirmou o advogado. O The Guardian não revela se família em causa é sueca ou estrangeira.

Os pais já afirmaram que querem recorrer da decisão do tribunal, avançam rádios locais. Segundo o advogado, Andreas Hannah, defendem que as crianças tinham aulas em casa e negam que as trancaram contra a sua vontade, afirmando que eram livres de sair se quisessem.

A Suécia, com 10 milhões de habitantes, regista mais de 84.500 casos positivos e 5.800 mortes. O país escandinavo tem uma das maiores taxas de óbitos do mundo por cada milhão de habitantes. De acordo com os dados do site worldometers às 21h05 desta quarta-feira, a Suécia tem dados praticamente iguais aos do Brasil e dos Estados Unidos da América — dois países com um número de habitantes 20 e 30 vezes superior à sueca, respetivamente.

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