A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, estreou-se esta quarta-feira como comentadora residente no programa Circulatura do Quadrado, na TVI, e deixou recados ao PCP, que “subavaliou” os impactos da realização da habitual festa do Avante junto da população e que não escapa aos “riscos” que um evento desta dimensão acarreta em termos de contágio do vírus da Covid-19.

“Acho que [os comunistas] subavaliaram os efeitos que havia junto da população. E acho que é evidente que aglomerados destes têm riscos”, disse, no painel de comentário que partilha com Pacheco Pereira e Lobo Xavier, sublinhando que “o PCP é o principal interessado em que isto corra bem, mas não está totalmente nas mãos do PCP que não haja risco”. “E o risco está aí”, alertou.

Ana Catarina Mendes sugeriu ainda que o PCP optou por não se reunir com o Governo antes da festa do Avante, no âmbito das reuniões sobre o Orçamento do Estado, para estar mais livre para criticar o Governo na rentrée comunista. “Acho que, evidentemente, o PCP não quis enfrentar esta situação [das reuniões] com o governo, quis fazer primeiro a sua rentrée e depois as reuniões”, disse.

“O PCP percebe que, depois da imponderação, chegaram todos a um limite em que seria um derrota se o PCP desistisse de fazer a festa nos termos em que estava a pensar”, disse ainda.

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