O documentário “Soa”, de Raquel Castro, estreia-se esta quinta-feira no festival IndieLisboa, integrado na secção IndieMusic, testemunhando anos de investigação do som, pela realizadora, como parte da identidade dos locais e das comunidades.

Raquel Castro soma perto de duas décadas de estudo de paisagens sonoras e do seu papel no desenvolvimento de consciência auditiva.

Fundadora e diretora artística do festival de arte sonora Lisboa Soa e do Simpósio Invisible Places, dirigiu os documentários “Soundwalkers” e “Leve Leve non Caba Ue´”, distinguidos em festivais internacionais, e é investigadora integrada do Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias, da Universidade Lusófona, no projeto “Experiência Aural, Território e Comunidade.

Segundo a apresentação do novo documentário, “Soa” aborda o silêncio e o ruído, todos os espectros sonoros, do infra ao ultrassom, frequências e ritmo, mas também ecologia, cidadania, igualdade e políticas urbanas. Trata da escuta como catalisador para a transformação, e dos sons que se inscrevem na vida quotidiana, “de como a paisagem sonora nos afeta e de como somos, nós mesmos, responsáveis pelo som que geramos”, como se lê no dossier de apresentação, divulgado pela produtora Crim.

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A estreia de “Soa” está marcada para as 18h45, na Culturgest, em Lisboa, e é acompanhada da exibição da curta-metragem “Fazer Uma Diagonal com a Música”, da compositora Beatriz Ferreyra.

O documentário chega aos ecrãs cerca de três semanas antes da abertura da 5.ª edição do festival Lisboa Soa, dirigido por Raquel Castro, conjugando arte sonora, urbanismo e cultura auditiva.

O festival decorre de 24 a 27 de setembro, sob o tema “A viagem”, integrado no programa Lisboa na Rua e na iniciativa Lisboa Capital Verde Europeia 2020.

De acordo com a programação anunciada no mês passado, o festival vai ter instalações sonoras espalhadas pela cidade, com projetos “que enaltecem a importância do meio ambiente na forma como se escuta”. “Echoplastos”, de Henrique Fernandes e Tiago Ângelo, “Woodpeckers”, do artista residente em Berlim Marco Barotti, “Environmental Bikes”, do britânico Kaffe Mathews, são algumas das 12 instalações a apresentar no Lisboa Soa.

A programação deste ano contempla também atuações de músicos como Nuno Veiga, Yola Pinto, Nuno Rebelo, Constança Brncic, Luis Antero, João Lourenço, Adriana Sá, John Klima, Vitor Joaquim, João Silva, a dupla Francisca Marques e Inês Pereira, Vitor Rua, Angélica Salvi, João Pais, Gabriel Ferrandini, Margarida Magalhães e Joana Sá, com Luis J. Martins, que se apresentarão ao longo dos quatro dias do Lisboa Soa, em diferentes espaços da cidade.

A programação completa do Lisboa Soa está disponível no ‘site’ oficial do festival.