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Morreu Francisco da Conceição Espadinha, fundador da Editorial Presença

Este artigo tem mais de 3 anos

"Um leitor apaixonado e compulsivo", Francisco Espadinha, que começou o seu trabalho nos anos 70, publicou escritores como Nadine Gordimer, Günter Grass, Alçada Baptista ou David Mourão-Ferreira.

Enquanto presidente da APEL, foi responsável pela mudança da Feira do Livro de Lisboa para o Parque Eduardo VII, onde ainda se realiza
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Enquanto presidente da APEL, foi responsável pela mudança da Feira do Livro de Lisboa para o Parque Eduardo VII, onde ainda se realiza

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Enquanto presidente da APEL, foi responsável pela mudança da Feira do Livro de Lisboa para o Parque Eduardo VII, onde ainda se realiza

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O editor Francisco da Conceição Espadinha, fundador e presidente do conselho de administração do Grupo Presença, faleceu segunda-feira, em Lisboa, aos 86 anos, anunciou esta quinta-feira o grupo editorial.

Em comunicado a Presença refere-se a Espadinha como “um leitor apaixonado e compulsivo” que, entre outros, publicou escritores como Nadine Gordimer, Günter Grass, Imre Kertész e os portugueses Alçada Baptista, Augusto Abelaira, Fernanda Botelho e David Mourão-Ferreira.

Foi também responsável por editar autores como Vergílio Ferreira, Eduardo Lourenço, Umberto Eco, George Steiner, Ruy Belo, Ruy Cinatti, Helder Macedo, Álvaro Manuel Machado, João Miguel Fernandes Jorge, Vasco Graça Moura e Joaquim Manuel Magalhães e, recentemente incluiu no seu catálogo autores como J. K. Rowling, Ken Follett, Suzanne Collins e Orhan Pamuk.

Francisco José da Conceição Espadinha nasceu a 30 de junho de 1934, era licenciado em Direito, pela Universidade de Lisboa, e fundou a Editorial Presença em 1960.

“A década inaugural de 1960 foi marcada pela publicação de teatro e de ensaio. A imagem do editor fica ligada a essa vertente inovadora. O primeiro livro a ser publicado foi Kean, uma peça de teatro, do filósofo francês Jean-Paul Sartre. Molloy, de Samuel Beckett foi também lançado nessa época. Destacou-se na área da poesia com a coleção de referência Forma, e o livro de estreia de Daniel Filipe, A Invenção do Amor“, refere a mesma fonte.

Francisco José da Conceição Espadinha foi membro da Comissão Consultiva do Instituto Português do Livro e da Leitura (1986-87), presidente da Associação Portuguesa dos Editores e Livreiros (APEL) de 1987 a 1992, tendo nestes anos dirigido a revista “Livros de Portugal”, editada pela APEL.

Espadinha fez ainda parte da Comissão Nacional da Língua Portuguesa (1988-1990), foi delegado português na Federação de Editores Europeus e Membro do Conselho Superior das Bibliotecas Portuguesas (1991). Em 2015 o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, condecorou-o com a Comenda da Ordem de Mérito.

No mesmo comunicado a Presença realça “o selo de identidade e independência reconhecido a Francisco Espadinha e a sua capacidade de adaptação” e cita o fundador, segundo o qual a Editorial Presença, que completou 60 anos, é “uma obra que está sempre em movimento”. “Cumpre ao Grupo Presença honrar o legado que nos deixa e prosseguir o seu projeto de vida”, lê-se no mesmo comunicado

Tendo em conta o atual contexto de pandemia, a cerimónia fúnebre será exclusivamente reservada à família.

Graça Fonseca: “Francisco Espadinha será sempre uma figura marcante no mundo editorial português”

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lembrou em comunicado o percurso editorial de Francisco Espadinha, “um dos nomes que mais marcou o setor do livro nos últimos 70 anos em Portugal”.

“Com uma vocação inicial mais centrada na edição de obras de ensaio e teatro, desde cedo o catálogo da Presença manifestou a especial aptidão do seu editor para descobrir grandes sucessos de crítica e vendas, tornando-se cada vez mais amplo e abrangente. Exemplo disso é a ‘Coleção Forma’, modelar no género da poesia, com um arranjo e paginação que pautavam pela sobriedade e que combinava a edição de grandes autores com a estreia de poetas mais jovens, tornando-se uma das coleções mais imediatamente reconhecíveis e elogiadas entre os leitores de poesia”, afirmou a governante.

Recordando que foi durante a presidência do editor na Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) que a Feira do Livro de Lisboa se mudou para o Parque Eduardo VII, onde ainda hoje é realizada, Graça Fonseca descreveu essa iniciativa como “uma decisão corajosa e que o sucesso das consecutivas edições deste evento literário veio confirmar como acertada”.

“Francisco Espadinha será sempre uma figura marcante no mundo editorial português, pertencente a uma geração de grandes editores que começou o seu trabalho no anos 70”, concluiu a ministra.

Artigo atualizado às 16h44 com o comunicado da ministra da Cultura

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