Os transportadores de “táxi-bicicleta” estão mais expostos à Covid-19 na cidade de Quelimane, a quarta maior de Moçambique, refere o inquérito sero-epidemiológico realizado pelo Instituto Nacional da Saúde (INS) e divulgado hoje em Maputo.

O inquérito apurou que 9,5% de um total de 274 ciclistas que fazem serviço de táxi com aquele tipo de veículo estiveram expostos ao novo coronavírus nos últimos sete dias antes da data do teste rápido que é feito no levantamento. Os profissionais de saúde foram o segundo grupo mais exposto à Covid-19, com uma percentagem de 3,7% das 543 pessoas da classe inquiridas no levantamento.As forças de defesa e segurança constituem o terceiro grupo com exposição mais elevada, ao ser detetada uma cifra de 3,1% dos 390 membros sujeitos ao teste rápido do inquérito. Em quarto lugar estão os agregados familiares como o grupo-alvo mais exposto à covid-19, com 2,5% das 5.069 pessoas inquiridas.

O resultado mais surpreendente foi apurado entre os vendedores de mercado da cidade de Quelimane, que apresentaram apenas 1,6% de exposição à Covid-19 e são o segundo grupo-alvo menos expostos. Nas outras cidades moçambicanas que já realizaram o inquérito sero-epidemiológico de Covid-19, os vendedores de mercado revelaram níveis de exposição que estão entre os mais altos dos grupos-alvo. No inquérito em Quelimane, os estabelecimentos comerciais mostraram o nível de exposição mais baixo, 1,0% de 200 inquiridos.

O teste do inquérito sero-epidemiólogico de cCvid-19 indica se a pessoa esteve exposta ou não ao novo coronavírus ou se esteve infetada nos últimos sete dias, mas não refere se está com covid-19 no momento da realização do diagnóstico. A análise é feita com base numa colheita de sangue na ponta do dedo e fornece o resultado em 15 minutos.

O INS refere que o inquérito em Quelimane permitiu concluir que a transmissão do novo coronavírus na cidade é dispersa, atinge todas as faixas etárias e todos os grupos profissionais, sendo os transportadores de táxi-bicicletas os mais expostos. No total foram inquiridas 7.696 pessoas em Quelimane.

Desde o anúncio do primeiro caso, em 22 de março, Moçambique registou um total de 4.207 casos, 26 óbitos e 2.370 pessoas são dadas como recuperadas, segundo as últimas atualizações.

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