A ativista social moçambicana Graça Machel criticou esta sexta-feira a banalização da violência doméstica no país, defendendo uma educação para a igualdade e dignidade humana independentemente do género.

“Não se pode olhar para a violência contra a mulher como algo normal, como tem acontecido na nossa sociedade”, disse Graça Machel, que falava numa palestra sobre o “Papel das igrejas na moralização na sociedade”, promovida pela igreja anglicana.

A sociedade moçambicana, prosseguiu, não pode ficar indiferente à violência baseada no género, porque a desigualdade nas relações entre homens e mulheres é nociva para o desenvolvimento da sociedade e bem-estar dos seus membros.

Quando morre uma mulher por violência doméstica não pode ser mais um caso que depois passa, tem de se repudiar com todas as forças”, defendeu.

Graça Machel criticou o “silêncio” das igrejas perante o sofrimento das mulheres moçambicanas, assinalando que a autoridade moral destas instituições obriga a uma denúncia e consciencialização sobre a violência doméstica.

Várias instituições têm alertado para um aparente aumento de casos de violência doméstica nos agregados familiares moçambicanos face às regras de confinamento impostas no âmbito do estado de emergência devido à Covid-19.

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