O Presidente da República disse que gostava de estar errado ao ser “menos otimista” quanto à realização da Festa do Avante no contexto da pandemia de covid-19, referindo que o problema do evento do PCP é a perceção da opinião pública.

“Gostaria de esperar que eu próprio não tivesse razão por ser menos otimista do que aqueles que estão muito otimistas”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, falando aos jornalistas, estes sábado, junto ao hotel onde estava hospedada a seleção portuguesa de futebol, no Porto, antes do jogo entre Portugal e Croácia, da Liga das Nações de futebol.

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De acordo com o Presidente da República, o problema da realização da Festa do Avante, organizada pelo PCP, “não é um problema estrito, [se] está bem organizado ou mal organizado, é a perceção que a opinião pública tem em relação ao acontecimento”.

A perceção da DGS [Direção-Geral da Saúde] e do partido organizador é uma, a perceção de uma parte da população portuguesa é outra”, apontou o chefe de Estado, escusando adiantar se vai visitar a edição deste ano do evento, mas recordando que já lá esteve “várias vezes” em anos anteriores.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, desafiou o Presidente da República a visitar a 44.ª Festa do Avante e “ver para crer”, em vez de “dar uma mãozinha” ao PSD no rol de críticas ao evento devido à pandemia de covid-19. Em resposta, Marcelo Rebelo de Sousa destacou o contacto que teve com os dirigentes do partido organizador, referindo que lhe foi apresentando o plano de contingência.

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“Apresentaram-me o plano de contingência todo, eu sei-o da frente para trás, de trás para a frente”, reforçou o Presidente da República. Na sexta-feira, o Presidente da República confessou-se “menos otimista” do que a DGS e do que o PCP quanto à realização do evento, acrescentando tratar-se de um problema de “avaliação política”.