Um estudo publicado na Behavioral Ecology and Sociobiology revela que os gritos emitidos pelas marmotas alpinas, que vivem nos Pirinéus catalães e franceses, diferem entre as várias populações, de acordo com um artigo do El Español.
Através desses “dialetos”, identificam as marmotas de outros grupos e, em vez de investigar e enfrentar o perigo, como fariam se o som viesse de uma marmota do mesmo grupo, correm para as suas tocas, concluindo-se que reagem de forma mais receosa quando desconhecem a emissora, afirma Mariona Ferrandiz, autora do estudo e cientista do Centro de Pesquisa Ecológica e Aplicações Florestais (CREAF) e da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB). O estudo conta ainda com a participação da Universidade de Claud Bernarnd de Lyon, a Universidade de de Saskatchewan (Canadá) e o Instituto de Investigação Aviária Vogelwarte Helgoland (Alemanha).
Também foi analisada a causa das diferenças de linguagem entre as marmotas e não está relacionada com a região onde habitam, como acontece no caso dos humanos, nem com a sua genética. Citada pelo El Español, Mariona Ferrandiz coloca a hipótese de se tratar de uma aprendizagem hereditária ou do ambiente social. A resposta aos alarmes de ameaça da aproximação de predadores implica o gasto de algum tempo e energia e, por essa, razão, é importante aprender a distinguir os dialetos familiares que lhes transmitem confiança e lhes permitem poupar energia, acrescenta a cientista.
Un equip de recerca europeu, del qual forma part la @Marionafr, ha estudiat quatre poblacions de marmotes alpines als #Pirineus catalans i francesos i ha trobat que cadascuna emet crits d’alarma en un #dialecte diferent! https://t.co/5hWtSpl5EF ????
????️Dintre vídeo explicatiu! pic.twitter.com/IVGawOYzsN
— CREAF (@CREAF_ecologia) September 4, 2020