O alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, considerou esta segunda-feira “inaceitáveis” as “detenções arbitrárias e os sequestros por motivos políticos na Bielorrússia, incluindo da líder da oposição Maria Kolesnikova.

“As autoridades estatais devem deixar de intimidar os cidadãos e de violar as suas próprias leis e obrigações internacionais”, escreveu Borrell no seu perfil na rede social Twitter.

Borrell também condenou as “brutais ações” que ocorreram esta segunda-feira contra contra Andrei Yahorau e Irina Sukihiy.

Maria Kolesnikova, uma das principais figuras da oposição no país, foi detida por um grupo de desconhecidos no centro de Minsk, informaram os media locais bielorrussos, à semelhança de Andrei Yahorau e Irina Sukihiy.

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Maria Kolesnikova, dirigente da oposição bielorrussa, vista a ser “levada em carrinha”

A opositora foi intercetada na capital por vários homens mascarados que subiram para uma carrinha que seguiu para destino desconhecido, segundo referiram testemunhas oculares aos media locais.

Por sua vez, a polícia de Minsk negou que Kolesnikova tenha sido detida pelos seus agentes.

Raptada, levada ou detida? O que se sabe sobre o desaparecimento da opositora bielorrussa (e de outros dois)

No domingo, dezenas de milhares de pessoas regressaram às ruas em diversas cidades bielorrussas para exigir a demissão do Presidente Alexander Lukashenko, e quando prosseguem os maiores protestos pós-eleitorais da história do país.

Mais de 600 pessoas foram detidas nas manifestações de Minsk e outras cidades, incluindo vários jornalistas.

A Bielorrússia tem sido palco de várias manifestações desde 9 de agosto, quando Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, conquistou um sexto mandato presidencial.

Nos primeiros dias de protestos, a polícia deteve cerca de 7.000 pessoas e reprimiu centenas de forma musculada, suscitando protestos internacionais e ameaça de sanções.

Os Estados Unidos, a União Europeia e diversos países vizinhos da Bielorrússia rejeitaram a recente vitória eleitoral de Lukashenko e condenaram a repressão policial, exortando Minsk a estabelecer um diálogo com a oposição.