O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou esta quarta-feira que o incêndio que deflagrou na segunda-feira em Oliveira de Frades, e que matou um bombeiro, é o “segundo maior incêndio deste ano” em área ardida. Eduardo Cabrita foi ao local prestar homenagem aos bombeiros e deixou claro que não é no combate que o trabalho está a falhar, mas sim na prevenção, onde há sempre trabalho a fazer.

Trata-se de um incêndio rural que deflagrou na segunda-feira em Oliveira de Frades, estendendo-se aos concelhos de Sever do Vouga e Águeda, e que entrou em resolução nesta quarta-feira de manhã, segundo a página da Proteção Civil. Às 8h09 desta quarta-feira, estavam mobilizados 734 operacionais no combate às chamas, apoiados por 249 veículos e três meios aéreos. Um bombeiro de 38 anos morreu asfixiado depois de ter sido surpreendido pelas chamas.

Bombeiro de 38 anos morre asfixiado em Oliveira de Frades. MAI abre inquérito

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“Em termos provisórios, temos 2.600 hectares de área ardida, o que significa que é o segundo maior incêndio deste ano — o maior foi o de Oleiros —, em que houve uma diminuição de 50% no número de ocorrências”, disse o ministro, elogiando a “capacidade de resposta” dos operacionais. “O dispositivo chegou a ter ontem mais de 2 mil efetivos empenhados, e é isso que permite garantir a segurança das populações e a defesa da vida e dos bens essenciais”, disse.

Questionado sobre se a campanha de limpeza das matas do Governo não foi suficiente, o ministro admitiu que “o governo tem muito a fazer” e é por aí, pela prevenção, que o trabalho tem de continuar. “Nunca se limpou tanto como nos últimos anos, e o compromisso do governo é de que seremos inflexíveis no fundamental quando entrarmos pelo outono a dentro”, disse, sublinhando que “não é no combate que o essencial está por fazer”.

“É na prevenção, na alteração da estrutura da floresta, que há ainda um grande trabalho a realizar e são essas as prioridades do governo”, disse ainda aos jornalistas em Oliveira de Frades.