A “manutenção do emprego” e a “salvaguarda da viabilidade” das empresas devem ser temas “prioritários” face ao aumento do salário mínimo nacional, disse à Lusa o presidente da CAP — Confederação dos Agricultores de Portugal, Eduardo Oliveira e Sousa.

Em resposta por escrito, o dirigente associativo, reagindo a declarações do ministro das Finanças, disse que o “foco deve estar na manutenção do emprego existente e na salvaguarda da viabilidade das empresas. Com muita clareza: esta deve ser a prioridade do poder político e dos parceiros sociais”.

A “discussão sobre o salário mínimo nacional (SMN) não deve ser feita sem antes dar prevalência a estes dois temas, que são prioritários e determinantes para a nossa economia e para a forma como o país vai encarar os tempos exigentes que atravessamos e que vamos ainda atravessar”, defendeu.

Eduardo Oliveira e Sousa disse ainda que “os parceiros desconhecem quais as bases que o Governo apresentará que permitirão equacionar a hipótese de subida do SMN”, garantindo que “não será, seguramente, um assunto a ser avaliado de forma isolada”.

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Há que conhecer as restantes componentes da equação antes de se poder afirmar se o SMN sofrerá, ou não, qualquer alteração”, rematou.

O ministro das Finanças, João Leão, defendeu na quarta-feira à noite que no próximo ano deve haver margem para aumentar “com significado” o SMN, após uma negociação na Concertação Social.

Eduardo Oliveira e Sousa relembrou também as palavras do ministro das Finanças, na mesma entrevista, sobre o desemprego: “O pior ainda está para vir”.